Terça-feira, 9 de Outubro de 2012
Aires Ali pediu para ser exonerado
Há já meio ano que Aires Ali vinha a manifestar o seu descontentamento, avança o Canalmoz. Fontes afirmaram ao Canalmoz que o ex-primeiro ministro encontrava-se insatisfeito "com algumas coisas que estão a acontecer".
O jornal aponta a derrota do então PM na corrida por um assento na Comissão Política do partido Frelimo, o verdadeiro órgão que Governa o país, como parte dos acontecimentos que precipitaram a queda de Aires Ali, figura que era dada como candidato certo à sucessão de Guebuza na Presidência da República.
O ex-primeiro ministro chegou ao segundo posto mais alto na hierarquia do Governo, após ter cumprido 5 anos como ministro da Educação, nomeado por Guebuza.
A 18 de Janeiro de 2010, quando Aires Ali foi anunciado Primeiro Ministro do Governo que acabava de ser nomeado, a notícia surpreendeu muitos cidadãos e analistas, que então apostavam em nomes como Aiuba Cuereneia, José Pacheco, Oldemiro Baloi, para suceder Luísa Diogo, que tinha transitado do último Governo de Joaquim Chissano para o primeiro Governo de Guebuza como PM.
Aires Ali ficou sem terminar os cinco anos do mandato para o qual foi nomeado. Numa altura em faltavam dois anos para terminar o mandato, Ali pediu para sair do Governo.
Fontes próximas do ex-PM asseguraram ao Canalmoz que este andava descontente e que já pretendia deixar o cargo. As mesmas fontes referiram que Aires Ali permaneceu até à realização do congresso, visto que ele era o chefe da logística do grande evento do partido Frelimo e não queriam gerar instabilidade antes do congresso. Foi também mencionado que o ex-PM não pretende concorrer a algum cargo internacional que entra em conflito com a figura do Primeiro-Ministro. Com a exoneração, que ele próprio pediu, volta a ser um militante da base.
Antes de chegar ao PM, Aires Ali já foi governador do Niassa, sua terra natal, e de Inhambane, para além do já mencionado, ministro da Educação.