Sexta-feira, 11 de Janeiro de 2013

Contrabando na Matola: Confiscadas 20 toneladas de Cerelac

Pouco mais de vinte toneladas de Cerelac, um farináceo para bebé, foram apreendidas, terça-feira à noite, pela Polícia da República de Moçambique (PRM), no bairro de Khongolote, município da Matola.

O produto transportado num camião de alta tonelagem de marca Mercedes-Benz, MMB-03-38, foi confiscado quando os supostos donos tentavam descarregar numa residência arrendada para o efeito, segundo reporta o jornal Notícias na sua edição de hoje.

De acordo ainda com a fonte, a mercadoria em causa foi retida porque há fortes indícios de ter sido contrabandeada, a olhar o local e a hora em que o produto estava a ser descarregado.

Segundo o proprietário dos bens apreendidos, de nacionalidade belga, Ceriaque Tuagilimana, de 46 anos de idade, o produto é importado de Portugal e é legal, porque tem todos os documentos e obedeceu todos os processos legais de entrada no país.

Ele disse que o produto foi descarregado na sua residência no Khongolote, alegadamente, porque o dono do armazém em que havia negociado para colocar o produto, algures no mercado do bairro T3, recuou na decisão sem dar satisfações.
Sublinhou que efectuou vários telefonemas com o dono do armazém que goraram, ao ponto de decidir baldear a mercadoria na sua casa uma vez que o camião era alugado não podia permanecer no frete.

“Esta papinha é importada de Portugal e obedeci todos o processo de entrada de mercadoria em Moçambique”, disse Ceriaque Tuagilimana, tendo acrescentando que para ele o único problema é ter descarregar o produto na sua casa e não no armazém. Disse não saber por que é que está detido porque a mercadoria é legal e exibiu à Polícia toda a documentação que confirma a entrada do mesmo em Maputo.

Com ele está também detido um nacional identificado por Alfredo Nhuwane, de 43 anos e vigilante de uma empresa de segurança privada alegadamente pelo seu envolvimento no presumível negócio de importação e venda ilegal de papinhas para criança.

Alfredo Nhuwane nega o seu envolvimento no crime, explicando que apenas arrendou a casa de uma prima sua identificada por Beatriz Cumbana Day. “Eu não sei de nada de Cerelac, apenas arrendei a casa ao Ceriaque Tuagilimana”, disse.

Entretanto, o porta-voz daPRM na província de Maputo, João Machava, disse que há fortes indícios de que a mercadoria é contrabandeada daí que estão a trabalhar com a Autoridade Tributária de Moçambique (ATM) para apurar a veracidade dos factos.
“Para nós há fortes indícios de que a mercadoria é contrabandeada mas decorrem investigações com vista a esclarecer o caso”, disse Machava, tendo sublinhado que há muita contradição entre as declarações do motorista do camião e do suposto dono da mercadoria.

Disse que os indivíduos estão encarcerados numa das celas da 7ª Esquadra da Polícia no bairro T3 e paralelamente decorre um processo-crime contra eles que lhes conduzirá a responder o caso em juízo.
publicado por Jornal NMz Moçambique às 11:51
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