Quarta-feira, 9 de Janeiro de 2013
Perante greve dos médicos: Autoridades desdobram-se para garantir atendimento
AS autoridades sanitárias desdobraram-se ontem na activação de soluções intermédias para providenciar o atendimento hospitalar aos doentes ao longo do país perante a continuação da greve dos médicos iniciada na segunda-feira.
Entretanto, o cenário mostra uma contradição entre os números anunciados pela Associação Médica que aponta para uma adesão de cerca de 1000 médicos e o das autoridades sanitárias que continuam aminimizar o impacto da paralisação no funcionamento dos serviços, apesar de reconhecerem que os profissionais em greve fazem falta numa situação de país com poucos recursos humanos.
As soluções encontradas, em muitas situações, consistem no destacamento de técnicos de medicina para os distritos e também na sobrecarga dos médicos que não aderiram a paralisação. O esforço das direcções provinciais é no sentido de que os utentes das unidades sanitárias não sejam prejudicados.
Falando a imprensa, a propósito da greve, o ministro da saúde, Alexandre Manguele, reconheceu o impacto negativo da ausência dos profissionais de saúde nos seus locais habituais de actividade, tendo em conta que o país ainda se debate com problemas de recursos humanos.
Segundo o titular da pasta da Saúde, “a falta de qualquer profissional de saúde é algo que se ressente sempre, porque somos um país com falta de recursos humanos. Por isso, todos os médicos e enfermeiros, todos os profissionais são sempre necessários. A falta de um profissional da saúde, nesse caso de um médico, sempre traz uma dificuldade acrescida porque mesmo quando estamos completos há dificuldades”.